segunda-feira, 20 de março de 2017

Balloons Blow

Agora que chegou a primavera e os eventos ao ar livre se apresenam com maior intensidade [dá-se como oficialmente aberta a época dos casórios, das sunset parties, etc. e tal] vamos aqui falar de um ponto sensível. Muito bonito e de efeitos de deixar a boca aberta, mas sensível e, acima de tudo, muito preocupante, e a que temos de pôr termo. Balões!
Um destes dias, em passeio pela praia, em altura de lua cheia, quando as marés adquirem uma amplitude muito grande e tudo fica mais agitado, não se dava um passo sem encontrar um qualquer pedaço de lixo. 
Numa altura em que tudo o que é festa tem que ter balões, e contra isso nada, há também que fazer bonito e lança-los para o ar! É como largarmos lixo pela janela do carro, pelo barco, como se espalhassemos lixo pela nossa casa, por todo o lado, com o se não de não saber onde aquele pedaço de plástico vai parar. Será que vai aterrar no mar e ser confundido com uma presa por uma tartaruga? Ou será que o seu fio vai ficar embaraçado nas patas de uma ave e fazê-la amputar os seus membros? Não pensamos na repercussão dos nossos atos para o restante planeta, como em grande parte das situações na vida, queremos só ter em atenção a nossa felicidade. Mas com o passar do tempo começamos a perceber que o nosso egocentrismo tem grandes impactos negativos para os restantes seres que connosco coabitam, e tomamos consciência. É uma consciência que não é de todos, porque há pessoas alheadas do que importa, porque nem todos a encontram lhe tomam contacto. 
Então é meu papel, como parte integrante da consciência emitir alertas!

Entre as várias plataformas de conhecimento e divulgação apresento-vos esta página de Facebook: Balloons Blow, que dá a conhecer as várias situações em que este tipo de desperdícios é prejudicial no ambiente e nos atira para a realidade de forma crua.

Pedaço de balão com atilho, em escala.
Pedaço de balão com atilho.

por Facebook Balloons Blow
































Deixo também uma pequena amostra do que se pode encontrar num curto passeio pela praia nestas alturas do ano, e que refletem a nossa total negligência.

Garrafas de bebeidas espirituosas, a da direita apresenta-se já com uma colónia de Lepas anatifera, uma espécie de cirrípede da família Lepadidae e de hábitos pelágicos, frequentemente encontrado em grandes números fixos pelos seus pedúnculos a sargaços, pedaços de madeira flutuante, cascos de navio e outras estruturas e detritos flutuantes e que não é comestível.

Embalagem de leite, de origem espanhola, talvez com alguns anos.


Sandália.


Pá de brincar.

Tinteiro de impressora.

Cilindro.

Prato, intacto.