Agora que chegou a primavera e os eventos
ao ar livre se apresenam com maior intensidade [dá-se como oficialmente aberta
a época dos casórios, das sunset parties, etc. e tal] vamos aqui falar de um
ponto sensível. Muito bonito e de efeitos de deixar a boca aberta, mas sensível
e, acima de tudo, muito preocupante, e a que temos de pôr termo. Balões!
Um destes dias, em passeio pela praia, em
altura de lua cheia, quando as marés adquirem uma amplitude muito grande e tudo
fica mais agitado, não se dava um passo sem encontrar um qualquer pedaço de
lixo.
Numa altura em que tudo o que é festa tem
que ter balões, e contra isso nada, há também que fazer bonito e lança-los para
o ar! É como largarmos lixo pela janela do carro, pelo barco, como se
espalhassemos lixo pela nossa casa, por todo o lado, com o se não de não saber
onde aquele pedaço de plástico vai parar. Será que vai aterrar no mar e ser
confundido com uma presa por uma tartaruga? Ou será que o seu fio vai ficar
embaraçado nas patas de uma ave e fazê-la amputar os seus membros? Não pensamos
na repercussão dos nossos atos para o restante planeta, como em grande parte
das situações na vida, queremos só ter em atenção a nossa felicidade. Mas com o
passar do tempo começamos a perceber que o nosso egocentrismo tem grandes
impactos negativos para os restantes seres que connosco coabitam, e tomamos
consciência. É uma consciência que não é de todos, porque há pessoas alheadas
do que importa, porque nem todos a encontram lhe tomam contacto.
Então é meu papel, como parte integrante
da consciência emitir alertas!
Entre as várias plataformas de
conhecimento e divulgação apresento-vos esta página de Facebook: Balloons Blow, que dá
a conhecer as várias situações em que este tipo de desperdícios é prejudicial
no ambiente e nos atira para a realidade de forma crua.
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Pedaço de balão com atilho, em escala. |
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Pedaço de balão com atilho. |
Deixo também uma pequena amostra do que se pode encontrar num curto passeio pela praia nestas alturas do ano, e que refletem a nossa total negligência.
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Garrafas
de bebeidas espirituosas, a da direita apresenta-se já com uma colónia de Lepas
anatifera, uma espécie de cirrípede da família Lepadidae e
de hábitos pelágicos, frequentemente encontrado
em grandes números fixos pelos seus pedúnculos a sargaços, pedaços de madeira flutuante, cascos de navio e outras estruturas e detritos flutuantes e que não é comestível. |
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Embalagem
de leite, de origem espanhola, talvez com alguns anos. |
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Sandália. |
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Pá de brincar. |
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Tinteiro de impressora. |
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Cilindro. |
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Prato, intacto. |