domingo, 25 de março de 2018

Bolachas de aveia (e twist de manteiga de amendoim)

Vamos dar ao dente com alegria?
Hoje temos para o lanche umas bolachas de aveia com a magia da manteiga de amendoim! A receita original não tem manteiga de amendoim, mas eu achei que como estas bolachas são crocantes o ar de graça da manteiga de amendoim poderia ser o casamento perfeito. E não é que foi?! Experimentem que vão adorar...
Esta receita dá para cerca de 20 unidades.



  • 100g de manteiga com sal (ou substituia 20 a 30g desta manteiga por manteiga de amendoim com o sem pedaços)
  • 100g de açucar em pó (se não tiverem podem triturar o vosso açúcar numa blender ou mesmo usar açúcar normal) ou substituam por outro adoçante a vosso gosto
  • 2 colheres de sopa de açúcar amarelo
  • 1 ovo
  • 100g de flocos de aveia
  • 1 colher de sopa de farinha
  • 1 colher de chá de fermento (se quiserem podem optar por farinha fermentada e já não precisam juntar este)


Pré-aqueçam o forno a 170ºC com ventilação.

Numa tigela batam o ovo com o açúcar em pó até a mistura ficar esbranquiçada e consistente. Derretam a manteiga, à qual se adicionam os flocos de aveia. Juntem esta mistura À do ovo e envolvam bem. Por fim, incorporem a farinha e o fermento.

Num tabuleiro forrado com papel vegetal distribuam a massa, cerca de uma colher de chá por bolacha, e achatem-na de maneira a estendê-la o mais possível e ter noção do quanto estas vão crescer! Levem-nas a cozer até que as bordas estejam bem douradas e o centro não tenha consistência mole (este processo é muito rápido por isso estejam atentos ao forno).



Deixem-nas arrefecer ainda no papel vegetal sobre uma superfície fria por cerca de 5 minutos e depois podem transferi-las para uma rede para que arrefeçam completamente. Finalmente podem comer tudo ou guardá-las num recipiente fechado para manterem crocantes!

quarta-feira, 21 de março de 2018

Árvore Europeia do Ano 2018 || European Tree of the Year 2018 #3




Hoje, dia Internacional da Floresta e dia da Árvore é com grande orgulho que recebemos esta notícia. O SOBREIRO ASSOBIADOR foi eleito a Árvore Europeia do Ano de 2018. Parabéns!

Podem saber mais acerca da árvore vencedora neste link!

Espécie do mês de março: Apis mellifera L.



Genericamente, a Apis mellifera L. é vermelho-acastanhada com bandas pretas e anéis amarelo ou laranja no abdómen. Têm pelos no tórax e também no abdómen, embora em menor abundância e também possuem uma cesta de pólen nas patas traseiras e estas são principalmente castanho escuro/preto. Estes insetos são designados de eusociais, vivem em colmeias, naturais ou artificiais, convivem em sociedade hierárquica e dela fazem parte  uma «rainha» ou «abelha-mestra», as obreiras (fêmeas e entre 10 mil e 15 mil) e entre 500 e 1.500 zangões, que são os machos. 

As obreiras são as menores em tamanho físico (10-15mm de comprimento) e a sua anatomia é direcionada para a recolha de pólen e néctar. Ambas as patas traseiras de uma abelha operária têm uma corbicula (cesta de pólen) especialmente projetada para transportar grandes quantidades de pólen para a colónia. As obreiras usam suas línguas para aspirar o néctar e armazená-lo na seção anterior do trato digestivo, chamado de colheita. Elas recolhem pólen, preparando-o nos corpos e em estruturas especiais nas patas traseiras, chamadas de cestas de pólen. Estas abelhas produzem cera na parte inferior do abdómen e, no final deste, apresentam um ferrão com um saco venenoso, usado para defesa, que quando usado resulta na morte da abelha operária. Estes membros do grupo desempenham atividades diferenciadas consoante envelhecem.



A abelha rainha é a única fêmea reprodutora na colónia em circunstâncias normais (alguns trabalhadores podem colocar ovos machos não fertilizados na ausência de uma rainha - normalmente, as feromonas segregadas por uma rainha saudável impedem que as obreiras se reproduzam, mas se uma colónia permanecer remanescente por muito tempo, algumas obreiras começarão a pôr ovos e esses ovos não são fertilizados, e então se desenvolvem como machos). A sua cabeça e tórax são de tamanho semelhante ao das obreiras, no entanto, a rainha tem um abdómen mais longo e mais pesado e chega a medir 18-20mm de comprimento. Esta também tem um ferrão, mas as suas farpas são reduzidas e, consequentemente, ela não morre quando o usa. A matriarca ocupa-se exclusivamente de pôr ovos (cerca de 3 mil por dia). Quando a colmeia necessita de uma fêmea fecunda, as obreiras constroem um alvéolo maior, onde são depositados os ovos fecundados que recebem uma alimentação especial e convertem-se em rainhas (que disputam o poder, sendo as vencidas expulsas da colmeia).

Os zangões são os machos e apresentam uma cabeça e o tórax maiores que as fêmeas (15-17mm de comprimento no estado adulto), e os seus grandes olhos tipo mosca aparecem no centro superior da cabeça (provavelmente para ajudar a localizar as rainhas durante os vôos de acasalamento), o seu abdómen é grosso e arredondado no final, não apresentando ferrão. Estes indivíduos têm como principal função fecundar a rainha.



As rainhas de Apis mellifera geralmente vivem 2 a 3 anos, mas sabe-se que em alguns casos a sua vida se prolongou por 5 anos. Normalmente, as obreiras vivem por algumas semanas, às vezes alguns meses, se sua colmeia se tornar inactiva no inverno. Os zangões vivem por 4-8 semanas no máximo.

A abelha-europeia (Apis mellifera L.) distribui-se naturalmente por África, Médio Oriente e, evidentemente pela Europa. Foi disseminada por, praticamente, todo o mundo e inicialmente introduzida na Ásia e América pelos europeus durante a colonização, no século XVII. Mas foi nos séculos seguintes que se veio a desenvolver com mais força a apicultura nestes territórios.

A adaptação à diversidade de condições ecológicas climáticas proporcionou a evolução de mais de 24 subespécies. Estudos moleculares possibilitaram agrupá-las em 4 linhagens evolutivas, A - África; O - Médio Oriente; C e M - Europa. Algumas subespécies têm a capacidade de tolerar climas mais quentes ou mais frios. As subespécies também podem variar no seu comportamento defensivo, comprimento da língua, envergadura e coloração. Os padrões de bandas abdominais também diferem - alguns mais escuros e alguns com mais de uma mistura entre padrões de faixas mais escuras e mais claras. Na Península Ibérica reside a maior diversidade de Apis mellifera L. e ocorrem as linhagens A e M, que após hibridação natural originou uma subespécie considerada particular, a Apis mellifera iberiensis.

As abelhas são parcialmente endotérmicas - podem aquecer seus corpos e a temperatura na sua colmeia trabalhando os músculos do vôo. A velocidade de desenvolvimento subsequente das larvas é fortemente afetada pela temperatura, e é mais rápida a 33-36°C. São insetos holometabólicos e têm quatro etapas no ciclo de vida: ovo, larva, pupa e adulto.



A Apis mellifera alimenta-se de pólen e néctar recolhidos de flores em flor e também comem mel (armazenado, néctar concentrado) e secreções produzidas por outros membros da sua colónia. Estas abelhas têm o seu período de recolha de alimento durante o horário de verão, enquanto há luz do dia, mas estão ativas nos outros dias ensolarados ou nublados e na colmeia de forma contínua. Elas não voam em fortes chuvas ou ventos fortes, ou se a temperatura é muito extrema (as operárias não podem voar enquanto a temperatura estiver abaixo de 10°C). Durante o clima quente e calmo, as abelhas recolhem o maior número de pólen mesmo que esteja nublado. Se a intensidade da luz muda rapidamente, eles imediatamente param de trabalhar e retornam à colmeia. Se chover, a coleta de pólen pára, porque a humidade inibe a habilidade da abelha nessa atividade tal como o vento. No entanto, a recolha de néctar não é inibida pelos chuviscos.

Em climas temperados, as colónias armazenam mel e pólen para se alimentar durante o inverno. Costumam ficar tão próximas da colmeia quanto possível, geralmente dentro de um raio de 3 quilómetros da colmeia (ou seja, uma área de cerca de 2800 hectares), mas se necessário podem chegar ir até 8-13 km para alcançar comida ou água.

Foto: Andreas Trepte © WikiMedia Commons


A comunicação das Apis mellifera baseia-se em sinais químicos e a maioria de seus comportamentos de comunicação e percepção são centrados em odor e sabor. Os membros da colmeia estão ligados quimicamente uns aos outros e cada colmeia tem uma assinatura química única que usa para se reconhecer e detectar abelhas de outras colónias. Dentro da colmeia, as abelhas estão em comunicação química constante entre si. Os químicos não só ajudam a detectar a assinatura correta das colmeias, mas também com a alimentação. As abelhas usam perfume para localizar flores à distância, para pedir ajuda a outros membros do grupo.

A visão é um sentido importante para as abelhas no exterior da colmeia, assim elas podem ver outros animais e reconhecer flores; podem detectar comprimentos de onda ultravioleta que estão além do espectro visível que permite que eles localizem o sol em dias nublados e veja marcas em flores que são visíveis somente na luz ultravioleta. Uma fração dos olhos da abelha também é sensível à luz polarizada e usam isso para navegar. As obreiras e as rainhas podem ouvir vibrações que usam como danças na altura de se alimentarem.

As abelhas são polinizadores muito importantes e são o polinizador primário para muitas plantas. Sem abelhas, essas plantas reduzem a sua fertilidade. A capacidade das abelhas de recrutar colegas de trabalho por "dançar" permite que eles sejam mais eficientes do que outros polinizadores na exploração de manchas de flores. Embora a espécie como um todo ainda seja muito numerosa, há preocupação na Europa de que a comercialização generalizada da apicultura está a pôr em perigo populações e subespécies adaptadas localmente. Isto, combinado com maior mortalidade de colónias devido a infestações de ácaros de varroa e traqueais, e mais recentemente a presença da vespa-asiática (Vespa velutina nigrithorax) que é sua predadora. 

sábado, 17 de março de 2018

Bolo de laranja

Para alegrar a alma e adoçar o vosso sábado trago uma receita de bolo que gosto muito. Mas na verdade ou se gosta ou se odeia deste género de bolo. 
Posso dizer que é um tatin de laranja, mas sem caramelo. Em vez de caramelo, com a laranja fica uma espécie de geleia, que particularmente, adooooro! Mas muitos podem achar que é apenas laranja cozida...são gostos! Fica um certo travo mais amargo da laranja na boca que e o que me atrai neste tipo de bolo, que ao meu gosto não fica muito doce mas é agradável.


  • 4 ovos
  • 250 g de farinha de trigo
  • 200 g de açúcar amarelo (mas também pode ser normal)
  • 250 ml de sumo de laranja
  • 2 colheres de chá de fermento
  • 3 a 4 laranja médias 
  • 3 a 4 colheres rasas de açúcar amarelo



Então aqui vai a receita que é muiiiiito simples e rápida:

Comecem por untar  uma forma de 22cm (a massa fica com bastante volume) com manteiga. De seguida polvilhem a forma com as 3 a 4 colheres de açúcar e deixem o que sobrar no fundo. Cortem as laranjas em rodelas finas e disponham-nas, por cima do açúcar, no fundo da forma (e aproveitem o sumo que sai ao cortarem as laranjas para regarem as fatias ou roubem um nadinha aos 250ml que vai para a massa).

Pré-aqueçam o forno a 180ºC.

Batam as claras em castelo e reservem. Juntem, numa taça, as gemas e o açúcar e batem até formar um creme e daí vão junto alternadamente e aos poucos o sumo e a farinha misturada com o fermento. No final deste processo envolvam nesta massa as claras em castelo. Deitem a massa final na forma e levem ao formo cerca de 30 a 40 minutos, dependendo do forno (o meu conselho é irem vigiando).

Quando o bolo estiver cozido (podem fazer o teste do palito!) retirem-no do formo e deixem apensa que arrefeça ligeiramente antes de o desenformarem. Caso deixem que arrefeça completamente pode já não sair inteiro...para prevenir pode colocar no fundo da forma papel vegetal.

Espero que gostem!
Bom fim de semana :)




quinta-feira, 15 de março de 2018

Árvore Europeia do Ano 2018 || European Tree of the Year 2018 #2

Os resultados serão conhecidos no próximo dia 21 de março, dia mundial da floresta e dia da árvore. Estejam atentos!










Saibam mais neste link sobre a árvore Portuguesa a concurso, o Sobreiro Assobiador.

Sobreiro Assobiador

Empowering Woman




O gelo do Árctico que caiu na Europa


Este Inverno, que pelo calendário ainda não acabou mas as temperaturas não concordam, foi o mais quente no Árctico. Em média, as estações meteorológicas localizadas neste ponto do planeta registaram subidas de 5,6º. Basicamente, devido às alterações climáticas que contribuem ativamente para a redução de gelo no oceano Árctico, esta massa de água exposta, que liberta calor para a atmosfera, têm influenciado negativamente as correntes de jacto, que são como rios de vento na atmosfera e estas tornam-se mais onduladas, o que significa que mais ar frio pode chegar a sul, e mais ar quente pode penetrar a norte.
Esta situação fez com que tempestades de gelo tivessem assolado a Europa e o noroeste dos Estados Unidos da América, e temperaturas de maio tivessem chegado ao Árctico em fevereiro.

Agora, temos estreitado relações e convívio com várias tempestades e seus familiares. Estes têm vindo a deixar um maior rasto de destruição, principalmente, junto à costa. Em várias zonas costeiras desapareceram, levando consigo o mar investimentos de milhões (claramente pouco pensados a longo prazo). Nestas zonas ainda há a viver dezenas de famílias que pelo nosso ordenamento desordenado de território conseguiram construir as suas casa em cima de dunas ou estruturas muito de praia. Ventos fortes, com rajadas de várias centenas de km/hora têm varrido o nosso território, induzindo a queda de estruturas e árvores e a alta precipitação tem contribuído para o deslizamento de terras e aluimentos de estruturas.


A meteorologia está a mudar a nível global, devido ao processo de alterações climáticas. Como grandes culpados, resta-nos apenas adotar comportamentos de responsabilidade para tentar minimizar e mitigar estes efeitos tão severos. Num próximo post vamos explorar opções de vida mais ecológicas e amigas do ambiente.