Valsa em espiral
Quando
a vida mói
E
a ferida dói
Moendo
lá vai dando ao dente que a corda rói
Um
dia, a corda cai
Dá
corda ao tempo e vai
Indo
assim por ir até que um dia a ira sai
Tudo
o que é de dar, dói
O
que não dói, não dá
Eu
já só entrego os pontos a quem não contar
Contida,
a ira cresce
Contudo
o mundo mexe
Contando
com o quanto do que não se conta acontece
Cá
fora, a ira desce
E
noutra a ira mexe
E
nasce uma outra ferida que é mais uma ira cresce
Tudo
o que é de dar, dói
O
que não dói, não dá
Eu
já só entrego os pontos a quem não contar
Só
acerto as contas
Com
quem não apontar
Só
entrego as pontas
A quem não as julgar